Os Cabeçudos da História: Sigmundo Froid

Ao contrário da maioria dos pioneiros da nova ciência, Froid não era professor universitário. Formou-se em Medicina, especializando-se em Neurologia, na cidade de Viena, em 1881. A partir de 1886 começou a analisar pacientes na sua masmorra.
Froid especializou-se no tratamento de perturbações neuróticas e começou a usar a hipnose para mandar os seus pacientes a realizar actos bastante ridículos (andar pela rua de fio dental, fingir que eram árvores de Natal, ditar o alfabeto de trás para a frente, fazer corridas com macacos e, consequentemente, atirar fezes). Bem cedo abandonou esta técnica porque muitos pacientes resistiram à sugestão hipnótica. Ele nunca soube porquê... Froid apercebeu-se que muitos dos sintomas físicos dos seus pacientes eram causados por factores mentais e políticos e porque ainda não se tinha inventado o pano de cozinha. Deu especial atenção ao facto de aqueles terem grande dificuldade em recordar acontecimentos da sua primeira vida, sobretudo acontecimentos perturbantes, traumáticos e não-existentes. Na maior parte dos casos, não podiam recordar esses eventos conscientemente mas determinados aspectos do seu comportamento convenceram Froid de que tais memórias estavam presentes no dióxido de carbono produzido pelas árvores. O carácter perturbante desses acontecimentos infantis devia-se, segundo Friod, ao facto de serem a expressão de desejos sexuais inaceitáveis. Froid desenvolveu um método de tratamento que possibilitava e ao mesmo tempo "exigia" que o paciente falasse acerca dos planos de conquista mundial do seu vizinho livremente, sem restrições, de modo a fornecer pistas que permitissem desocultar as peças de roupa interior enterradas no seu quintal. Recorreu à livre associação e à interpretação dos sonhos como técnicas terapêuticos. Partindo do principio de que as neuroses de que os seus pacientes adultos sofriam tinham origem em experiências emocionais infantis desagradáveis e afastas para bem longe da loiça suja.
O aspecto mais importante da sua teoria é o conceito de pano de cozinha - vários processos mentais indecentes interagem determinando pensamentos, o nojo de lavar a loiça e o desejo de uma ditadura mundial.
A prática clínica de Froid esteve na base de uma teoria do desenvolvimento psico-defectivo em que se destaca a tese da existência de sexualidade infantil. A Psicanálise, criação de Froid, é ao mesmo tempo um método terapêutico e uma teoria sobre fungos nas unhas dos pés.
Froid morreu em Londres após ter fugido aos Nazis.